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terça-feira, 11 de maio de 2010

DITADOS POPULARES


DE ONDE SURGIRAM?


Ditado, como o próprio nome diz, é a expressão que através dos anos se mantém imutável, aplicando exemplos morais, filosóficos e religiosos.
Os provérbios e os ditados populares constituem uma parte importante de cada cultura. Historiadores e escritores já tentaram descobrir a origem dos ditados populares, mas essa tarefa não é fácil.
Vejamos algumas frases e seus respectivos significados:
Memória de Elefante : O elefante lembra de tudo o que aprende, motivo pelo qual é uma das principais atrações do circo. Por isso, dizem que as pessoas que lembram de tudo (até mesmo as magrinhas!) tem a memória de elefante.
Dormir com as galinhas : A expressão significa deitar-se cedo, logo ao anoitecer, como fazem as galinhas.
Acordar com as galinhas : A expressão significa acordar cedo, como fazem as galinhas.
Estômago de avestruz : É dito à pessoa que come qualquer coisa. O estômago do avestruz é dotado de um poderoso suco gástrico que é capaz de dissolver até metais.
Lágrimas de crocodilo: É uma expressão bastante usada para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele "chora" enquanto devora uma vítima.
O canto do cisne: Refere-se as últimas realizações de alguém. Antigamente dizia-se que o cisne emitia um lindo canto quando estava prestes a morrer.
Abraço de tamanduá : Sinônimo de traição ou deslealdade. O tamanduá se deita de barriga para cima e abre seus braços. O inimigo, ao se aproximar, é surpreendido por um forte abraço, que o esmaga.
Olhos de lince: Os filhotes só abrem os olhos, com dez dias de vida. Em compensação, quando crescem, os linces têm uma visão apurada. Os povos mais antigos acreditam que esses animais conseguiam enxergar através das paredes. Ter olhos de lince significa enxergar longe.
Osso duro de roer : Coisa difícil de resolver.
Dar nó em pingo d'água: Ser capaz de se sair de todas as dificuldades.
Remar contra a maré ou remar contra a correnteza: Tentar fazer uma coisa e tudo der errado.
Dar a mão a palmatória: aceitar que errou.
Pintar o sete: : Fazer bagunça.
Dar com os burros n'água: Fazer muito esforço para conseguir algo e acabar perdendo tudo de forma banal.
Colocar a carroça na frente dos bois: Significa atropelar a ordem das coisas , não ter paciência de esperar.
Bicho de sete cabeças: Significa um problema muito complicado.
Fazer com o pé nas costas: Quer dizer fazer algo com muita facilidade.
Deixar a peteca cair: Quer dizer desistir, desanimar.
Dor- de- cotovelo: Quer dizer inveja ou ciúme.
Matando cachorro a grito: Quer dizer estar numa situação bem difícil.
Ficar com a pulga atrás da orelha: Quer dizer ficar desconfiado.
Maria-vai-com-as-outras: Quer dizer a pessoa que só faz o que os outros fazem.
Entrar pelo cano: Quer dizer se dar mal.
Tomar chá de sumiço: Quer dizer desaparecer, ir embora.
Tirar água do joelho: Quer dizer fazer xixi.
Dar um riso amarelo: Quer dizer ficar encabulado , sem graça.
Vai lamber sabão: Quer dizer não perturbe, não aborreça, não enche.
Dar no pé: Significa fugir, ir embora.
SANTINHA DO PAU OCO"
Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos século XVIII e XIX os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era "recheado" com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.
"NÉVOA BAIXA, SOL QUE RACHA"
Ditado muito falado no meio rural. A Climatologia o confirma. O fenômeno da névoa ocorre geralmente no final do inverno e começo do verão. Conhecida também como cerração, a névoa fica a baixa altitude pela manhã provocando um aumento rápido da temperatura para o período da tarde.
"SEM EIRA NEM BEIRA"
Significa pessoas sem bens, sem posses. Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada. Na região nordeste este ditado tem o mesmo significado mas outra explicação. Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado triplo, então construíam somente a tribeira ficando assim "sem eira nem beira".

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