terça-feira, 11 de maio de 2010

HISTÓRIAS








O velho ambicioso




Um Velho, tinha um filho muito trabalhador. Não podendo ganhar a vida como desejava em sua terra, despediu-se do pai e seguiu viagem para longe a fim de trabalhar.Ao princípio mandava notícias e dinheiro mas depois deixou de escrever e o velho o julgava morto.Anos depois, numa tarde, chegou à casa do velho um homem e pediu abrigo por uma noite. Durante a ceia conversou pouco e deitou-se logo para dormir. O velho notando que o desconhecido trazia muito dinheiro, resolveu matá-lo.Relutou muito mas acabou cedendo à ambição e tentação e assassinou o hóspede, enterrando-o no quintal do sítio. Voltou para a sala e abriu a mala do morto.Encontrou ali as provas de que se tratava do próprio filho, agora rico, e que vinha fazer-lhe uma surprêsa.Cheio de horror, o pai matador foi entregar-se à justiça e morreu na prisão, carregado de remorsos.


Origem: Este é um conto da Tradição popular do Minho em Portugal.

Esta versão, ligeiramento modificada, é comum no Nordeste do Brasil, desde o século XIX.

Fonte: sitededicas.uol.com.br



Solidariedade no mundo das letras

"Há muitos e muitos anos,
as letras moram numa floresta encantada muito linda. Essa floresta
fica lá em cima no céu, numa estrela muito brilhante que solta lindas
faíscas toda vez que uma criança resolve escrever.
Você nem imagina a festa que é quando as crianças resolvem escrever. . .
Todas as letras ficam saltitantes e torcendo para que a criança precise
dela para registrar seu desejo, seu pensamento. Sabe por quê?
Acontece que, para sair da floresta encantada e chegar ao papel, as
letras fazem uma linda viagem. Elas escorregam pela cauda da estrela,
dão deliciosos pulos nas nuvens, que são supermacias e gostosas de pular.
Mas o melhor mesmo é mergulhar nos sete rios do arco-íris. Cada rio é
um suco mais delicioso que o outro. Por fim, fazem um vôo flutuante para
Quando escrevemos, as letras vivem uma superaventura. Mas enquanto
não escrevemos, cada letrinha fica na sua casinha descansando,
desenhando, tocando, cantando. Cada letra tem sua própria casa e
decide como se distrair enquanto aguarda a grande aventura de ajudar as
crianças a escrever.
Em todas as casas é possível observar uma grande alegria, apenas uma
casinha vivia sempre fechada. As demais letras reparavam naquele fato e
começaram a ficar muito curiosas:
– Quem será que morava ali?
Todas comentavam e ninguém jamais havia visto a moradora daquela
Será que ela não viajava para ajudar as crianças a escrever? Como podia
ser? Será que aquela casa não era de uma letra e sim de um monstro? De
uma bruxa?
Que mistério!
A cada dia as letras ficavam mais curiosas e resolveram investigar.
Chegaram bem pertinho e escutaram só um gaguejo: – Q, Q, Q, Q, Q!
QUE SUSTO! Todas correram assustadas para suas
Mas, no outro dia, lá estavam de novo tentando
decifrar aquele mistério.
Resolveram bater na porta:
– Oh, de casa!
– Somos amigas e queremos fazer amizade, podemos
entrar?
Depois de alguns minutos a porta se abriu suavemente
e apareceu, sabem quem?
A letra Q.
Ela estava toda encolhidinha e trêmula. As outras
letras surpreenderam-se ao ver que a moradora da casa
era mesmo uma letra como elas, mas nunca havia saído de
casa, ninguém a conhecia. Curiosas, perguntaram por
que ela não saía e sua casa vivia fechada.
Ainda muito amedrontada, a letra Q explicou que
morria de medo de um fantasma que rondava sua casa
e uivava noite e dia assim:
– Uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!
A letra U, que escutava atenta, deu um pulinho de
surpresa e disse:
– Espera aí, companheira Que baita confusão é essa? Não tem fantasma
nenhum. Você está muito enganada. Eu sou sua vizinha e quero virar
cantora de ópera, assim eu fico treinando e exercitando minha voz: –
uuuuuuuuuuuuuuuuuuu.
Quando perceberam a confusão, todas as letras caíram na
gargalhada.
A letra Q também deu um sorrisinho bem amarelo e sem graça.
A letra U completou com tom tristonho:
– Puxa vida, eu querendo abafar com minha cantoria e estou é
assombrando?
– Nada disso, minha amiga, sua voz é linda! Tão linda que eu até pensei
que era de outro mundo.
Nessa hora, a gargalhada foi geral, e as duas amigas Q e U
abraçaram-se.
A letra Q pediu desculpas, explicando que era muito, muito
medrosa.
Então a letra U contou que ela estava perdendo grandes aventuras,
que era delicioso viajar pelo céu para ajudar as crianças a escrever, mas
que ela estava tendo uma ótima idéia. E foi assim que combinaram:
– Amiga Q, eu prometo que toda vez que você precisar sair para viajar
para o papel eu vou de mãos dadas com você. Assim você nunca vai estar
sozinha.
E assim, toda vez que precisamos da letra Q para escrever qualquer
coisa sua amigona U vem junto.
Você já viu a letra U sozinha várias vezes porque ela não tem medo de
viajar só, mas, solidária como é, sempre encontra tempo para acompanhar
sua amiga Q, que nunca anda sozinha. Você já reparou nisso? Pois agora
ficou sabendo da história."









A menina dos brincos de ouro




Uma Mãe, que era muito má (severa e rude) para os filhos, deu de presente a sua filhinha um par de brincos de de ouro.Quando a menina ia à fonte buscar água e tomar banho, costumava tirar os brincos e botá-los em cima de uma pedra.Um dia ela foi à fonte, tomou banho, encheu o pote e voltou para casa, esquecendo-se dos brincos.Chegando em casa, deu por falta deles e com medo da mãe brigar com ela e castigá-la correu à fonte para buscar os brincos.Chegando lá, encontrou um velho muito feio que a agarrou, botou-a nas costas e levou consigo.O velho pegou a menina, meteu ela dentro de um surrão (um saco de couro), coseu o surrão e disse à menina que ia sair com ela de porta em porta para ganhar a vida e que, quando ele ordenasse, ela cantasse dentro do surrão senão ele bateria com o bordão (vara).Em todo lugar que chegava, botava o surrão no chão e dizia:Canta, canta meu surrão, Senão te meto este bordão.E o surrão cantava:Neste surrão me meteram, Neste surrão hei de morrer, Por causa de uns brincos de ouro Que na fonte eu deixei.Todo mundo ficava admirado e dava dinheiro ao velho.Quando foi um dia, ele chegou à casa da mãe da menina que reconheceu logo a voz da filha. Então convidaram Ele para comer e beber e, como já era tarde, insistiram muito com ele para dormir.
De noite, já bêbado, ele ferrou num sono muito pesado.As moças foram, abriram o surrão e tiraram a menina que já estava muito fraca, quase para morrer. Em lugar da menina, encheram o surrão de excrementos.No dia seguinte, o velho acordou, pegou no surrão, botou às costas e foi-se embora. Adiante em uma casa, perguntou se queriam ouvir um surrão cantar. Botou o surrão no chão e disse:Canta,canta meu surrão, Senão te meto este bordão.Nada. O surrão calado. Repetiu ainda. Nada.Então o velho meteu o cecete no surrão que se arrebentou todo e lhe mostrou a peça que as moças tinham pregado.



Nota: Conto popular na Bahia e Maranhão. Trazido pelos escravos africanos. No original africano os personagens eram animais.









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