terça-feira, 11 de maio de 2010

RESENHAS DE LIVROS


O caçador de pipas
Autor: Khaled Hosseini
Editora: Nova Fronteira
Gênero: romance

O Caçador de Pipas conta a história de Amir, um afegão há muito imigrado nos Estados Unidos, que se vê obrigado a acertar as contas com o passado e retorna a seu país de origem. O ponto de partida do livro é a infância do protagonista, quando Cabul ainda não era a capital do país que foi invadido pela União Soviética, dominado pelos talibãs e subjugado pelos Estados Unidos. Na Cabul pré-invasão soviética, ocorrida em 1978, Amir tem a infância de um garoto de família abastada e bem relacionada politicamente. Suas relações familiares são tênues — a mãe está morta e o pai não é dado a demonstrações de afeto. Seu principal elo afetivo é Hassan, apenas um ano mais novo, que, se não fosse o fato de pertencer a uma outra etnia e ser condenado ao papel de criado, poderia ser definido como seu melhor amigo. Enquanto Hassan dedica a Amir uma devoção incondicional, Amir muitas vezes o usa como se fosse um brinquedo a mais e não o poupa de pequenas maldades. No entanto, o grande pecado que perseguirá Amir até a idade adulta não se originou de uma ação cometida por ele próprio, mas de sua omissão e covardia para com Hassan. O episódio dá início a uma série de tormentos que se abaterá tanto sobre os personagens principais, quanto sobre o próprio Afeganistão. De uma hora para outra, Amir e seu até então poderoso pai se vêem obrigados a imigrar para os Estados Unidos, deixando para trás uma vida de luxos para arriscar um recomeço a salvo dos invasores, ainda que sujeitos às humilhações reservadas aos imigrantes pobres: inadaptação cultural, subemprego etc. Anos mais tarde, já adaptado à vida nos Estados Unidos, casado, com sucesso na carreira literária, Amir, que nunca se livrou da culpa em relação a Hassan, tem a chance de retornar ao Afeganistão para remir seus erros de juventude e, desta vez, fazer a coisa certa.







O desenho cultivado da criança: prática e formação de
educadores
Autor: Rosa Iavelberg
Editora: Zouk
Área: Pedagogia

Neste livro, dedicado à prática e à formação de professores da educação infantil e das séries iniciais do
ensino fundamental, Rosa Iavelberg oferece uma contribuição à escassa literatura especializada em desenho
infantil, especialmente em nosso país. A autora caracteriza as principais tendências do ensino do desenho no
ambiente escolar e também descreve o estilo de destacados estudiosos da área.
A atualidade do seu estudo nos remete à prática pedagógica no século XXI ao abordar temas essenciais
no ensino do desenho, com destaque para o próprio ato de desenhar em sala de aula, considerando diferentes
contextos de aprendizagem e de propostas (argilogravura, desenho sobre papéis cortados, fotografia,
cópia de modelos prontos e de modelos de artistas); o papel e a formação do professor no contexto do
ensino; e, por fim, a valorização do ato de desenhar na escola contemporânea.
A leitura proporcionará ao professor de educação infantil o acesso a uma dimensão histórica dos métodos
de aquisição, de produção e de ensino do desenho para a criança. Em decorrência da relevância do tema na
área de educação infantil, o livro poderá ser utilizado na formação do professor.








Da pequena toupeira que queria saber quem
tinha feito cocô na cabeça dela
Autor: Werner Holzwarth
Ilustrador: Wolf Erbruch
Editora: Companhia das Letrinhas
Gênero: Conto infantil

Durante investigação para descobrir quem havia feito cocô em sua cabeça, quando saía da toca, uma
toupeira entra em contato com vários bichos. Ou melhor, com os excrementos deles, que caem no chão
quase atingindo a toupeirinha. Os cocôs têm formatos, cores, cheiros e sons diferentes e são característicos
de cada animal. Ao final, a toupeira comete sua pequena vingança, tão pequenininha quanto ela própria.
Quando a criança descobre o cocô, ela percebe que tem o poder de produzir algo, de reter ou de soltar,
e que esse ato causa muito impacto. Isso acontece naturalmente. A relação da criança com seus excrementos
– se negativa, com sentimentos de rejeição, ou positiva, de aceitação – depende da reação dos adultos,
agressiva ou acolhedora.
Da pequena toupeira (...) ajuda os educadores a trabalhar o tema de maneira positiva, contribuindo para a construção
da autonomia das crianças no cuidado de tirar a fralda, de aprender a fazer cocô na privada e a se limpar.
A diversidade dos bichos, dos tipos e dos sons na história proporciona a exploração das habilidades de
classificação e de comparação. Muito engraçado, o livro aborda de forma lúdica o tema "cocô", sem conotações
de feio, de sujo e de fedido.





Educação Infantil – Pra que te quero?
Organizadores: Carmem Maria Craidy
e Gladys Elise da Silva Kaercher
Editora: Artmed
Gênero: Pedagogia

Embora publicado em 2001, o livro continua
atual por tratar de questões sempre revisitadas
na Educação Infantil, sobretudo nos momentos de
formação continuada e de elaboração/reformulação
das propostas pedagógicas de creches e
pré-escolas. Obra de grande abrangência, fornece
elementos preciosos para o estudo, a reflexão e a
discussão de diferentes temáticas, com abordagens
teóricas e práticas relacionadas ao cuidar e
ao educar na Educação Infantil.
Prefaciado pela professora Sonia Kramer
e apresentado pelas organizadoras, o livro traz à
tona discussões sobre legislação, currículo, desenvolvimento
infantil, saúde, sexualidade, espaço,
tempo, faz-de-conta, literatura, artes plásticas, música,
leitura e escrita e ciências. Um dos méritos
do livro reside no fato de que todos os assuntos
apresentados levam em conta a integralidade da
faixa etária atendida na Educação Infantil, isto é, a
criança de 0 a 6 anos.
Em todo o livro, procura-se apontar o
quanto cuidado e educação devem ser olhados,
pensados e tratados como aspectos indissociáveis,
tanto na prática cotidiana com as crianças
quanto nas leituras, nos estudos e nas reflexões da
professora/ professor de Educação Infantil. Essa
indissociabilidade fica evidente quando encontramos
um capítulo, dentre tantos outros fundamentais,
que trata especificamente dos temas de saúde dentro
das instituições de Educação Infantil, trazendo para a
professora/professor questões que devem fazer parte
de sua formação.
O livro, mesmo tratando de uma multiplicidade
de temáticas, mantém uma coerência interna e um fio
condutor que lhe dá sentido, na medida em que todos
os artigos se sustentam em concepções de criança,
de Educação Infantil e de desenvolvimento/aprendizagem
comuns. Na realidade, os assuntos parecem ir se
complementando. Além disso, visando ampliar os conhecimentos
dos professores, ao final de cada artigo é
oferecida uma bibliografia sobre as questões tratadas.
Mesmo se tratando de temas familiares ao
universo docente, com uma linguagem acessível e
tendo como referência o cotidiano das instituições de
Educação Infantil, o livro não é um material para leitura
rápida e direta. Ao contrário, é indicado para o estudo
de professoras e professores que enriquecerão suas
práticas estabelecendo um diálogo entre a ação pedagógica
que desenvolvem nas instituições e a perspectiva
abordada pelas autoras.




O caso do bolinho
Autora: Tatiana Belinky
Ilustrador: Avelino Guedes
Editora: Moderna
Gênero: Conto/Fábula



"Era uma vez um vô e uma
vó. Um dia o vô acordou e
disse: Vá minha velha fazer
um bolinho gostoso pra
gente comer..."
Dessa forma simples, Tatiana
Belinky convida-nos a conhecer
a história de um bolinho
"redondo e fofinho", sapeca, ágil
e esperto, que sai pelo
mundo sendo
perseguido
por todos
a q u e l e s
que desejam
comêlo.
Corre de
uns, canta para
outros, escapa e
foge até encontrar
alguém muito mais esperto
do que ele!
Só por trazer um protagonista
tão divertido, essa história
encanta e atrai o interesse de
todas as crianças, desde as mais
pequeninas até os adultos, que se
divertem lendo e contando essa
trama que chega a nos surpreender
no final.
A narrativa e as ilustrações,
além de simples, são bem
articuladas e trazem uma série
de repetições das ações do protagonista,
traduzindo-se em um
conto acumulativo ideal para as
crianças da Educação Infantil,
que gostam de recontá-la, buscando
o enredo na memória e
nas ilustrações, várias e várias
vezes. Antes que possamos "piscar
um olho," já nos apegamos à
história e garantimos às crianças
momentos de prazer.
Escrita por uma das mais
consagradas escritoras de histórias
infantis de nosso país, O
caso do bolinho encanta, diverte
e sempre deixa aquela vontade de
ler ou ouvir tudo de novo!









































































































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